O gênero Setaria sp foi introduzido no Brasil em 1953, com a importação da Austrália. São 125 espécies distribuídas em regiões temperadas, sub-tropicais e tropicais no mundo. Nos últimos anos uma população desta planta aumentou a frequência na EEL, competindo com as pastagens, tornando-se uma planta indesejável. Os objetivos do presente trabalho foram realizar uma revisão de literatura e avaliar os mecanismos de dispersão por sementes visando futuras ações de controle para mitigar a infestação. Foram avaliados 35 quadros de 0,25x0,25m distribuídos aleatoriamente, avaliando a produção de sementes, número de inflorescência/quadro, peso de 1.000 sementes, produção de sementes por hectare, e comprimento de inflorescência. Revisamos 12 artigos, resumos e capítulos de livros. Os registros do banco ativo de germoplasmas apontam sete materiais introduzidos, dos quais dois são S. Anceps do ano de 1983 e 1979, um S. Sphacelata do ano de 1984, um de S. Italica de 1991, e três sem registro de espécie em 1989. A revisão da literatura aponta o “complexo Setária Sphacelata” pelo grande número de ecótipos e de cultivares disponíveis muito próximos, de difícil identificação. Transitam espécies de interesse agropecuário até indesejáveis. Os ecotipos avaliados apresentam similaridade morfológica entre S glauca e S. Viridis, sendo necessário mais estudos para validar qual a espécie. A literatura aponta para uma planta de ciclo curto, entrando no pleno florescimento após 37 dias da emergência. A população avaliada na EEL apresentou 77,406 inflorescências/quadro, comprimento de inflorescência de 4,697 cm, peso de 1.000 sementes de 1,314g. A produção média de sementes foi de 909,55 kg/ha, mediana de 864 kg/ha e amplitude de 240 a 2020,80 kg/ha. A literatura revisada aponta para produções de sementes inferiores aos nossos dados, na ordem de 560 kg/ha. O presente estudo evidenciou elevada produção de sementes mantendo grande quantidade de propágulos viáveis evidenciando potencial invasivo.